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Meu caminho

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Será que terei eu que aprender com os meus "inimigos" a como amar a vida?


Pois eles amam...

Roubam para poder aproveitar.

Mentem para alcançar seus objetivos.

Dissimulam. Enganam. Forjam situações.

Tudo para terem o que querem.


E se algo eu me inspiro nisso que não admiro é que eles sabem o que querem. E não medem os meios para alcançar seus fins sem grandes propósitos.


Eu quero frutas e sol pela manhã; café passado; banhos de ervas; saúde fazendo brilhar os olhos e enrubescer as bochechas; paciência e delicadeza; calma e tranquilidade, apesar dos furacões. Só posso agradecer pelo ânimo; pelo novo dia de céu azul; pelo meu sistema imunológico mais teimoso que eu; pela proteção que vem do alto; pelos chás, folhas e flores.


Prefiro meu caminho com suas dores, mas que levam ao destino correto do que a falsa felicidade dos que prejudicam de forma egoísta para conseguir o que querem. Prefiro a estrada que me ensina a ser forte. E por ela continuo caminhando.

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A cada dia que passa eu fico mais consciente da minha força.


Não vou me deixar derrubar por tudo isso que tem acontecido. Minha vontade de viver, meu amor pela vida, minha apreciação pelo Universo, minha gratidão pelos prazeres, pelas dores, pelo aprendizado... tudo isso é maior.


Eu tenho aprendido a não confiar nas pessoas. Isso é particularmente difícil para mim, pois, como eu percebi, eu acredito que todos carregam dentro de si o melhor, pois todos tem em si a essência do divino. Mas tem sido difícil. Ultimamente me sinto pessoalmente atacada, fui furtada, enganada, usada... Mas não vou guardar rancor. Agradeço a Deus por eu poder ver as coisas por outro ângulo. Penso que quem rouba, está vazio e profundamente equivocado. É um espírito perdido, confuso, atordoado e fraco. Sem autoestima, sem autorrespeito, que perdeu o próprio valor e age como um rato. Alguém tão pobre que apenas confia no material, no bruto, extremamente distante da leveza dos planos superiores de amor e amizade.


Que isso permita que eu me admire mais, que eu me ame mais. Já senti dores, exclusões, mentiras a meu respeito, julgamentos e ofensas, mas não usei isso como desculpa para prejudicar quem quer que fosse. Vou me manter no meu caminho, vou regar as minhas flores, vou alimentar os meus sonhos, vou buscar o meu lugar ao sol e o meu direito à sombra. Toda essa maldade sem propósito não vai me afetar, pois confio nos protetores que me assistem, na família invisível, no amor divino e na minha força interior.


Vou além e vou superar tudo isso. A negatividade do mundo não vai me derrubar, embora às vezes me afete. Sinto, choro, me agacho e me levanto. A fênix em mim sempre arde, com uma chama insistente e eterna.

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Pagamento

3 min read
Coffee

Hoje eu apenas faltei ao trabalho, sem a culpa civil habitual. Estou tomando café preto e estudando tatuagem. O tempo parece muito mais valioso desde que comecei a desperdiçá-lo em um emprego mal remunerado e ao mesmo tempo tão atrativo, nas condições atuais.


Eu poderia forçar uma vibe Bukowski aqui, já que o céu está obviamente nublado nessa cidade que é sempre cinza... Um resquício de depressão parece querer despontar, mas a verdade é que eu estou apenas "bem", estranhamente tranquila, por me sentir no direito de estar comigo mesma nesse começo de noite e durante todo esse dia que Deus me deu.


"Eles" me deram uma bonificação que, teoricamente, era para ser dada a quem teve conduta perfeita no trabalho, como um "incentivo" ou algo assim. Eu cheguei atrasada algumas vezes, sai mais cedo em outras, fiz hora-extra quando permitido e no geral realizei meus atendimentos com atenção. Um emprego com tamanha rotatividade deveria mesmo me dar incentivos para ficar, mesmo que obviamente um "incentivo" de verdade seria um salário decente e mais folgas. O problema é que eu - e todos - fazemos como "eles": comparamos a situação particular com a situação global. E - em um mundo com países em guerra em pleno século XXI, nesse exato momento, inclusive - poderia eu reclamar de um emprego que paga o mínimo, mas que me faz sentir como na "high school" americana? Com uma máquina de "snacks", um armário pessoal e a sensação de estar na bolsa de valores, quando, em plena segunda-feira, todos correm agitados, enquanto os operadores atendem seus telefones sem ao menos um segundo de distância entre uma ligação e outra...?


Não quero reclamar, eu realmente estou perdendo esse maldito hábito. Talvez "eles" sejam os gênios do capitalismo, que providenciaram nossas demandas de trabalho lucrando com a doença de milhares de pessoas e fazendo tudo isso sem possuir uma única clínica sequer, apenas intermediando "beneficiários" e seus locais de atendimento. Quem realmete se beneficia é a grande questão. Eu estaria bastante satisfeita se o serviço não tivesse algumas falcatruas escancaradas a nós dos bastidores. Até que ponto esses problemas são essenciais para a existência do "business"? Negar atendimento a alguém com câncer não me parece correto... Faço o que posso dentro da minha pequena contribuição contra essa "falha" do sistema. Ou melhor, talvez eu seja a pequena falha no sistema, pois, no que depender de mim, a coisa certa será feita.


Anyway, não importa... Levo as lições sociais importantes: desconfiar antes de confiar; expressar os sentimentos o menos possível; aproveitar que já aprecio minha própria companhia para viver essa solitude e ter em mente o objetivo na frente de qualquer outra coisa. Empregos de carteira assinada são temporários, minha real carreira começou ainda quando criança - e eu nem sabia.

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Me prometo

3 min read

Prometo me amar e me respeitar todos os dias da minha vida.

Prometo me amar da mesma forma que sempre tento dar amor aos outros. Com a mesma compreensão, admiração e cuidado.


Prometo olhar meu corpo com carinho e tratar dele com zelo, mesmo que eu encontre imperfeições em sua forma e sua textura. Prometo dar a devida importância ao conteúdo dos meus pensamentos e aos meus sentimentos, observando para que sejam puros e saudáveis.


Prometo me lembrar que esse templo, apesar de sagrado, é feito de carne, ossos, tripas e articulações. Mesmo o corpo mais perfeito aos olhos dos homens vai envelhecer e desaparecer no meio do pó. Isso não é falácia, é simplesmente a verdade. O que torna esse corpo sagrado é a minha presença sagrada, que observa, sente e existe.


Prometo me lembrar que esse corpo é o veículo do meu espírito, para que eu viva as experiências que combinei comigo mesma de viver, para alcançar degrais mais altos em níveis maravilhosos de felicidade. E mesmo que a luta seja dura nesse campo de batalha, eu ainda posso ser forte e me dedicar ao meu crescimento pessoal. É a única alternativa plausível.


Prometo não me comparar. Prometo, de uma vez por todas, entender que a comparação é a própria infelicidade. O outro, e eu, sempre tentamos mostrar nossa melhor versão. Mas no fundo da minha alma somente eu conheço minhas dores e minhas vitórias. Não vou comparar o meu caminho, os meus pés e os meus calçados com o caminho, os pés e o calçado dos outros.


Prometo lembrar a mim mesma que não será fácil. Que esse plano, o físico, é dominado de forma cruel e segmentado de forma muitas vezes desumana. Mas me lembrarei, mais ainda, que a maior parte dos que aqui estão são lutadores honestos, falhos, mas essencialmente bondosos, vivendo a vida em busca da felicidade, do sustento da família e da vivência do amor.


Prometo jamais me esquecer da minha antiga vocação, de ser luz. Luz para meu próprio caminho, luz para meu coração, luz para minha consciência, luz necessária, calorosa, expansiva e radiante.


Prometo me recordar que o choro é alívio, mas não é solução. E que se eu não arregaçar as mangas e trabalhar com calma, confiança e afinco, tudo se repetirá. Prometo visualizar meu sucesso, com fé e com alegria, sabendo que se eu fizer minha parte, Deus certamente já fez a Dele.


E prometo fazer primeiramente por mim, não pelo que os outros pensaram, pensam ou pensarão. Mas por mim. Me fecho em mim mesma, me abraço com meus desafios e encaro de frente tudo que vier. De noite morro para o passado e pela manhã ressussito com os aprendizados. Faço diferente, faço de uma forma nova, porque simplesmente posso. Prometo viver, como se fosse a única chance.

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De que tamanho tem que ser a dor para que ela provoque mudança?

Quantas vezes um mau hábito precisa ser repetido até que não faça mais sentido?


Hoje eu senti dor. Aquela antiga, conhecida. Mas a senti de um jeito novo. Não permiti que demorasse. Tomei a decisão certa, mesmo que relutante. E no final, me senti bem.


Eu realmente nunca vou perder a esperança. A fênix dentro de mim é incansável e eternamente apaixonada pela vida. Tudo acontece comigo; eu me perco em questões existencialistas e profundamente enlouquecedoras. Mas então ergo o rosto, vejo e sinto a luz. Eu sempre sei o caminho das coisas que amo. Tenho o faro. Ouço os sons.


Os protetores e orixás foram quem me mostraram onde estava o arbusto de boldo perto da minha casa. Seria muita coincidência - e coincidências, sabemos, não existem - que eu me deparasse com suas folhas e flores exatamente logo após o rito no terreiro. Eu só posso agradecer. E preparar o chá, santo remédio, para o corpo e para a alma.


O boldo, eu descobri, é útil para dar uma acalmada no ego. Alivia as tensões e leva embora sentimentos como angústia, peso e tristeza. Posso atestar que, sim, é eficaz. Logo após, e mesmo durante, uma bomba de situações conflitantes virem ao meu encontro de uma só vez, eu preparei e tomei meu cházinho. Foi como se a clareza se instalasse e eu pudesse ver com mais nitidez a situação. Como eu disse, não foi fácil. Mas senti ter tomado a decisão certa.


Já agora, nesse momento, eu sinto o aroma de um incenso muito cheiroso enquanto escuto música e escrevo. Coloquei minha bebê ao lado da minha cadeira. Ela adormeceu no carrinho.


Ontem eu chorei, hoje também. O final de semana e o começo da semana foram intensos. Cumpri uma obrigação que demandou muito da minha energia física, mental e emocional. Lidar com pessoas nunca é fácil e é sempre uma imposição. O máximo que posso evitar, evito. Mas estar nesse planeta é uma prova em variados sentidos, por isso aceito com calma e resignação os compromissos que me são impostos e que eu sinto que tenho que cumprir. Fiz pela minha filha, não por mim. E isso me deu forças para encarar aquilo que a situação demandava.


O chamado para a gratidão é forte. E eu percebi uma certa resistência da minha parte com relação a isso. Realmente estou conseguindo perceber melhor que existe mesmo algum aspecto interno e psicológico do "sabotador" que, por algum motivo, quer me manter aonde eu estou, como se querer melhorar fosse errado de alguma forma. Sempre houve esse algo dentro de mim, talvez resquícios da "culpa cristã", uma busca pelo martírio, pela dor, como forma de expulgar algum pecado. Eu até concordo que muitas vezes o remédio é amargo, mas não posso aceitar, de forma alguma, uma vida inteira de amargor.


O lado bom é certeza de não ser perfeita. Sou humana, um bicho racional. Se me provocam a chance de eu mostrar as garras e as presas é enorme. Mas no geral sou fera mansa, basta não cutucar. A gratidão está brotando naturalmente, como brotinho saindo pelas fendas da calçada. Eu olho para tudo que vivi nos últimos anos e só posso reconhecer a minha força. Consegui crescer e evoluir, mesmo que aos poucos, nas situações mais adversas.


Só posso ser feliz e grata. É a minha natureza. Tudo que me afeta é externo... O mundo, os conflitos, toda essa confusão social, política, econômica... O plano está cada vez mais delineado. Trabalhar, evoluir sem culpa, me afastar de tudo e qualquer um que tente contra minha paz. Afastar invejosos e os que fazem pouco caso. Ser feliz sem culpa. E com a imensa satisfação de não ter me perdido do caminho. Eu melhor serei um eu mais útil. Para mim, para minha família e para quem eu puder ajudar. Que assim seja. Sou feliz por direito de nascença.

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